Uma semana em silêncio para controlar os problemas internos e pensar apenas na briga por uma vaga na Taça Libertadores de 2012. Porém, nada mudou no Palmeiras. Nem a volta de Valdivia e a bola parada de Marcos Assunção foram capazes de fazer o time voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Em noite de muitos erros e diante de um América-MG organizado em campo, o empate por 1 a 1, no estádio do Canindé, foi justo pelo que as duas equipes mostraram.
A igualdade foi péssima para paulistas e mineiros. Os comandados por Luiz Felipe Scolari seguem na oitava colocação, com 40 pontos, quatro a menos do que o Fluminense, que hoje ficaria com a última vaga para o principal torneio das Américas no ano que vem. Já os dirigidos por Givanildo Oliveira continuam na lanterna, com 20 pontos, e cada vez mais perto da Série B.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. O Verdão, domingo, vai descer a serra para fazer o clássico paulista contra o Santos, na Vila Belmiro. O América-MG, no sábado, também fará um duelo regional, contra o Atlético-MG, possivelmente confirmado para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Equilíbrio no primeiro tempo
O Palmeiras entrou em campo com Valdivia, recuperado de lesão muscular, como principal novidade. Felipão armou o time no 4-4-2 e, sem Kleber, machucado, formou o ataque com Maikon Leite e Fernandão. Já o América-MG, precisando desesperadamente da vitória pela dramática situação que enfrenta na tabela, entrou no 3-5-2.
Quando a bola rolou, quem começou melhor foi o time mineiro. Com um jogador a mais no meio-campo, o time tinha liberdade para tocar a bola e, em dois lances seguidos, Gilson e André Dias exigiram boas defesas de Deola. O Palmeiras concentrava seu jogo em Valdivia e apostava na rapidez de Maikon Leite. O problema é que o time errava muitos passes, o que facilitava a marcação adversária.
Jogo fraco no segundo tempo
O América-MG, que havia perdido Dudu lesionado ainda no primeiro tempo, teve mais uma alteração no intervalo. Givanildo Oliveira sacou o apagado André Dias para colocar o veterano Fábio Júnior. No primeiro lance, ele só não marcou de cabeça porque Deola fez um milagre, após cruzamento da direita de Marcos Rocha.
O Palmeiras, que retornou com a formação inicial, voltou muito mal para a etapa complementar. Claramente, o gol marcado por Kempes enervou os jogadores. A torcida ainda tentou fazer a sua parte, gritando e empurrando o time da arquibancada. Mas dentro de campo as coisas não funcionavam. Gabriel Silva, em noite horrorosa, cedeu vaga a Gerley aos 12. Dois minutos depois, Deola, com dificuldades, espalmou cobrança de falta de Amaral.
Tentando dar novo gás ao time, Felipão sacou Fernandão e colocou Ricardo Bueno no ataque. A equipe estava tão mal em campo que a primeira chance só foi surgir aos 24 e, claro, com Marcos Assunção, que cobrou escanteio pela esquerda. Valdivia desviou e Maurício Ramos testou de cabeça no canto esquerdo de Neneca, que fez um milagre e evitou o gol. Foi o último lance de emoção da partida. Felipão ainda deu a última cartada, com Vinícius na vaga de Luan. Nada adiantou. E no fim, após mais um insucesso, o torcedor palmeirense, que apoiou durante os 90 minutos, perdeu a paciência e reclamou bastante.
O técnico Luiz Felipe Scolari foi a principal vítima. Gritos como "Ei, Felipão, seu imbecil, pega o seu time e vai para a..." e "Fica, Felipão, no fim do ano nós vamos para o Japão" ecoaram no Canindé. Jogadores como Marcos Assunção e Luan também foram "homenageados".
Fonte: GloboEsporte.com
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