
A confiança vem do depoimento do volante Marcos Assunção, que contou em uma palestra na Fundação Casa como foi seu início de carreira, somente aos 17 anos. Antes disso, o palmeirense passou por inúmeras peneiras até conseguir uma vaga no Rio Branco, de Americana. E trabalhou como office boy no centro de São Paulo.
- Muitas vezes eu pensei em parar, mas tinha na minha cabeça que seria jogador de futebol e faria com que meu pai ficasse feliz. Não é no primeiro obstáculo ou na primeira coisa negativa que você tem de parar. Isso é coisa de gente fraca, que não tem capacidade de achar que é difícil, mas que vai superar. Se vocês têm um sonho, corram atrás. Coloquem isso na cabeça que vocês conseguem – disse o atleta, de 35 anos.
Na manhã desta terça-feira, o jogador conversou com 40 internos da Casa Osasco I, que, somando a segunda unidade, abriga 110 internos entre 14 e 18 anos. Os meninos pouco falaram e muito ouviram do jogador, que saiu de Caieiras, na Grande São Paulo, e teve passagens por grandes clubes do Brasil, além do futebol europeu.
- O meu pai nem vai acreditar quando vier me visitar. Eu sou palmeirense e estou muito emocionado de vê-lo aqui perto e saber que ele pode passar coisas boas. A vida não acabou aqui dentro, posso fazer mais quando sair – falou o jovem De 17 anos.

Assunção deixou a Fundação Casa com a sensação de dever cumprido. E os jovens com a esperança de que há possibilidades por trás dos muros e das grades, mesmo para quem já cometeu um erro, mas ainda acredita na recuperação
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