Felipão sobre Martinuccio: "Se não jogar com gosto, não é comigo"

Martinuccio passa a ter vínculo assinado com o Palmeiras a partir do próximo mês, mas sumiu a ponto de não se reunir com o presidente Arnaldo Tirone, que foi até Buenos Aires e só ouviu que o argentino estava na Itália tirando seu passaporte europeu. Diante da situação e do forte assédio do Fluminense, Luiz Felipe Scolari avisa: o meia-atacante deve cumprir o acordo só se tiver vontade; caso contrário, que procure advogados.

"Se não é para jogar com gosto, é com o jurídico. Com o pessoal que está aqui, está ótimo", disse o treinador, lembrando que Maikon Leite acertou com o Verdão desde janeiro e não demonstrou nenhum desapontamento por deixar o Santos após ser campeão da Libertadores, fazendo valer o documento que assinou.

Martinuccio, contudo, já teria realizado até exames médicos no Tricolor carioca e o Peñarol, que se irritou com a postura do Palmeiras em não procurá-lo, confiram estar conversando sobre a transferência do atleta ao atual campeão brasileiro. O presidente Peter Siemsen estaria negociando diretamente com o jogador e o clube uruguaio.

"O jurídico vai olhar. Se o jogador prefere determinada equipe, o que é acertado não é errado. Se Palmeiras e Fluminense acertam determinado valor, ótimo. Se não se acertam, que aquilo que é juridicamente correto seja colocado", afirmou Felipão. "O Santos foi correto conosco [com Maikon Leite], assim como nós com eles. Tem o tal de pré-contrato. Não me interessa se ele fez exames. O jurídico que resolva", completou.

Para valorizar quem já está no elenco, Scolari diz nem estar à espera do astro do atual vice-campeão da Libertadores, mas, além de demonstrar alguma irritação com a postura do Fluminense, mantém a avaliação de sua diretoria, que culpa o empresário de Martinuccio, Marcelo Lombilla - o agente crê que o pré-contrato não precisa ser cumprido e o Palmeiras ameaça acionar a Fifa para se defender.

"Não tem muito o que falar do jogador. Quando se fala em dinheiro, e que não é repassado para pessoas ao lado do atleta, tudo muda", defendeu. "Mas o jogador nem é nosso, não adianta ficar discutindo. Cuidar do que é meu é difícil, imagine dos outros. Cuida bem do que é teu, senão os outros olham e levam o que é teu", concluiu Felipão.